UNFPA promoveu um encontro com os parceiros nacionais, no âmbito da implementação do oitavo programa de cooperação, que tem como finalidade acelerar os três resultados transformadores.
A Encarregada do Escritório sublinhou o perfil que os parceiros devem ter: “capacidade técnica para realizar as atividades, de gerir os fundos disponibilizados e de prestar contas, tanto financeira como programática”.
“Depois de terem assinado o Plano de Trabalho e a Carta de Acordo, esta sessão serve para assinalar os destaques relacionados com o programa de cooperação em curso e do novo Manual de Trabalho com o UNFPA”, acrescentou Victória D’Alva.
Esta responsável alertou também que a metodologia aplicada até agora, que é trabalhar com os parceiros estratégicos, tendo em conta as caraterísticas da administração do país, poderá mudar no futuro, se os resultados não forem satisfatórios, por um lado. E, por outro, a elevação de São Tomé e Príncipe como estado de desenvolvimento médio poderá igualmente influenciar na decisão.
Uma opção é que os interessados em implementar os programas participem em concursos, em função dos critérios definidos para terem acesso aos fundos e prestar contas.
“É preciso fazer diferente para acelerar os resultados transformadores, porque no próximo ano vai-se analisar os avanços alcançados no quadro dos 30 anos da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, (CIPD30)”, reiterou.
A reunião permitiu a troca de opiniões e o esclarecimento de algumas dúvidas. Os participantes tomaram igualmente consciência da necessidade de afinar a coordenação intersectorial e aproveitar as sinergias, de modo a dinamizar os aceleradores de intervenções estratégicas.
Note-se que o programa está empenhado em aumentar as necessidades satisfeitas em planeamento familiar, especialmente entre as adolescentes e jovens raparigas de 60 para 75 por cento, até 2027, e ajudar a reduzir a taxa de mortalidade materna de 130 para 70 mortes maternas por 100.000 nados-vivos até 2030.
Pretende-se atingir três resultados principais relacionados com a “qualidade dos cuidados e serviços”; “género e normas sociais”; bem como “adolescentes e jovens”.
O esforço a ser desenvolvido nos próximos anos visa melhorar o “acesso universal e equitativo à saúde e direitos sexuais e reprodutivos, planeamento familiar, saúde materna, informação e serviços de violência baseada no gênero, incluindo os produtos”; “assegurar o acesso à informação e a abordagem de gestão integrada para tratar da violência baseada no género e normas sociais e de género discriminatórias”; assim como “reforçar as competências e oportunidades para adolescentes e jovens, em particular raparigas adolescentes, para assegurar a sua autonomia corporal, liderança e participação, e para construir o capital humano”.