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O Hospital de Campanha entra em funcionamento esta quinta-feira (20.05). A unidade vai acolher doentes em isolamento e nos sintomáticos respiratórios, que estavam a ser atendidos no Hospital Ayres de Menezes

O novo espaço para tratar pacientes com Covid 19 tem 17 tendas providenciadas pela OMS e o FNUAP. Para garantir o distanciamento foram montadas, para já, cinquenta camas e está dividido em duas áreas: a verde e a vermelha.

Na área verde está a receção, onde o doente é identificado, quando chega na ambulância, o espaço de prevenção para os técnicos, onde podem vestir e tirar os fatos de proteção individual e higienizarem-se antes de abandonar o local, de descanso, farmácia, refeitório, entre outros.

A área vermelha tem o espaço de admissão e registo, que dá acesso às enfermarias. Elas estão preparadas para doentes com sintomas leves, moderados e críticos. O setor tem igualmente uma morgue.

O circuito é só num sentido. “Está concebido para receber doentes com Covid 19, mas sempre com o cuidado de evitar que seja um ponto de contaminação dos profissionais que cá labutam”, observou o ministro da Saúde.

Edgar Neves e outros responsáveis da Saúde a nível do distrito de Água Grande tomaram conhecimento da estrutura montada pelos técnicos do Instituto Nacional de Emergência Médica de Portugal contratados pela Organização Mundial da Saúde.

«É um trabalho de fundo. Aprendemos todos os dias. O caminho faz-se caminhando. O mais difícil é começar e aqui está uma obra, cujos resultados vamos sentir nos próximos tempos na resposta à pandemia da Covid 19», reconheceu.


O ministro da Saúde, Edgar Neves, a tomar conhecimento do circuito do 
Hospital de Campanha para doentes de Covid-19.

O responsável dirigiu-se também aos mais de 50 profissionais de saúde e de outras áreas que vão trabalhar na unidade para encorajá-los. “O que estamos a fazer aqui vai ficar para a história”, disse.

Edgar Neves agradeceu a “muita gente envolvida, muitos parceiros nossos de cooperação, a OMS e o INEM, em particular, a República Popular da China, os nossos quadros nacionais a diferentes níveis que estão na linha de frente, na linha intermédia, na retaguarda, os administrativos…É o produto de um trabalho muto grande de todos e da comunicação social, o que é natural”.

«Este circuito demonstra a qualidade da organização, a separação daquilo que é a zona limpa da suja e os cuidados que foram tomados em consideração para evitar que haja mais profissionais contaminados. Insere-se na ajuda que a OMS vem dar ao governo no quadro do Sistema das Nações Unidas», disse Claudina Cruz, em representação da OMS.

As visitas de familiares estão proibidas, mas vai ser montado um serviço de informação sobre a evolução dos pacientes aos parentes mais próximos.

Entretanto, a situação tende a agravar-se. O número de casos confirmados do novo coronavírus está a aumentar, bem como de óbitos.