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Os jovens santomenses comprometeram-se a contribuir para o desenvolvimento sustentável. As propostas saíram do Retiro Juvenil realizado entre os dias 11 e 13 de agosto na antiga Escola de Campo em Diogo Vaz, distrito de Lembá, norte da ilha de São Tomé.

A iniciativa, cujo lema foi: “Competências ecológicas para os jovens, rumo ao mundo sustentável”, enquadrou-se na celebração do Dia Internacional da Juventude.

As propostas dos jovens foram entregues aos mandatários dos países lusófonos reunidos na cimeira da CPLP, de 21 a 27 de agosto, na capital santomense. São Tomé e Príncipe preside a comunidade durante os próximos dois anos.

Os jovens propõem-se em ser ecologicamente corretos, “não esgotando os recursos da natureza, tratar o meio ambiente com respeito, haver um equilíbrio entre o que retiramos da natureza e o que oferecemos em troca”, lê-se no Relatório do Retiro.

Como exemplos: “usar somente a quantidade de água e energia necessárias e evitar desperdícios; consumir produtos que não tenham embalagem excessiva e de empresas que não estão a ameaçar a natureza; consumir menos carne, porque o rebanho produz gás metano do efeito estufa; andar em transportes públicos ou bicicletas; não consumir substâncias destruidoras da camada de ozono (como sprays que contêm CFC); realizar coleta seletiva em casas e empresas; realizar reciclagem e reutilização de materiais, entre outros”.

Quanto ao papel na Adaptação e Mitigação dos Impactos das Alterações Climáticas nas Zonas Costeiras foi recomendado “incentivar os jovens a se envolverem ativamente na formulação de políticas locais e nacionais relacionadas às alterações climáticas, garantindo que suas vozes sejam ouvidas”.

Também é importante reconhecê-los como agentes de mudança e atores na construção de um mundo mais sustentável”. Para a sua concretização, sugeriram a “criação de projetos comunitários liderados por jovens para promover ações de mitigação e adaptação nas zonas costeiras, como plantio de árvores, limpezas costeiras e promoção de estilos de vida sustentáveis”.

No que respeita à Economia da Adaptação às Alterações Climáticas, os jovens querem ser capacitados para “desenvolver soluções inovadoras e sustentáveis para os desafios socio-ambientais do presente e do futuro”.

“Envolver os jovens em iniciativas que promovam o uso racional dos recursos naturais, a redução das emissões de gases de efeito estufa, a reciclagem e o reaproveitamento de materiais, a conservação da biodiversidade e a proteção dos ecossistemas”, é igualmente fundamental.

Constaram ainda que reduzir o impacto das Alterações Climáticas nas Zonas Costeiras, “requer programas de conscientização em comunidades costeiras sobre os riscos das alterações climáticas e medidas de preparação para incidentes climáticos extremos, como temporais e subida do nível do mar, a erosão, a salinização, a perda de habitats e a redução da pesca”.

É necessária a “participação dos jovens em ações de adaptação e mitigação dos impactos das alterações climáticas nas zonas costeiras, como o monitoramento, o planeamento, a restauração e a gestão integrada das áreas costeiras”.

O Retiro Juvenil foi organizado pelo Instituto da Juventude, estrutura do Ministério da Juventude e Desporto, com o financiamento do UNFPA.