A formação foi de três semanas e ministrada por um especialista em gestão do sistema de aprovisionamento de produtos sanitários.
Segundo Serme Ladiama, o objectivo foi “reforçar a competência dos actores que intervêm no sistema de aprovisionamento dos produtos de Saúde Reprodutiva, no sentido de fazer a quantificação nacional”.
O ateliê teve duas componentes: teórica e prática. Nesta última, os formandos estiveram no terreno para a recolha de dados, de modo a ter “elementos práticos relacionados com a finalidade do reforço desta capacidade”.
«Quantificação, significa prever o volume de produtos necessários entre 2019 e 2021 para evitar a rotura do stock e custos. Devem ser identificados também, os potenciais fornecedores, o tempo entre a compra e a recepção da mercadoria. Ou seja, deve-se evoluir para um sistema de aprovisionamento ininterrupto, até a prestação de serviço», sublinhou o especialista.
Um dos formandos considera que a ferramenta disponibilizada vai ajudar “a fazer a estimativa daquilo que podemos comprar e importar nos próximos anos. Se temos uma boa quantificação de produtos, podemos atender melhor os nossos utentes a tempo e horas”.
«Para fazer-se cobertura a nível nacional, vai-se criar um comité com a participação de técnicos de cada área específica, que vai permitir descentralizar o trabalho e planificar melhor a aquisição de medicamentos», indiciou o farmacólogo, Jeryson Ramos da Costa.
O especialista teve no final da sua missão, um encontro com a equipa técnica do escritório do UNFPA para apresentar os resultados da formação. Deixou algumas recomendações para melhorar a eficiência e reduzir os custos com a importação de produtos de saúde reprodutiva, até porque o preço de transporte e muito alto. Uma delas, é para se ter atenção com as condições de armazenamento.
O domínio da gestão de stock dos referidos produtos vai exigir muita prática dos técnicos formados para lidar com o software disponibilizado e outras medidas de seguimento.
A capacitação dos técnicos contou com o apoio do UNFPA.