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O Escritório do FNUAP em São Tomé e Príncipe entregou ao Ministério da Saúde, Trabalho e Assuntos Sociais um conjunto de equipamentos e consumíveis para a Maternidade.

O pacote inclui apetrechos para bloco operatório da Maternidade, entre os quais se destaca um monitor fetal CTG, cinco monitores fetais de bolso, um aparelho de anestesia e acessórios, um ecógrafo, um desfibrilador, um esterilizador e acessórios, laringoscópios, aparelhos para medir tensão arterial e bomba para infusão.

Fazem ainda parte do mobiliário hospitalar, dez camas, sete mesas e seis marquesas.

Entre os consumíveis estão anestésicos, agulhas para anestesia espinal, diversos fios de sutura e algalias, bem como o sistema de coleta de sangue.

A diretora da Maternidade, ao agradecer a doação, reconheceu que “faziam falta ao sistema”.

“O serviço de maternidade não é fácil em São Tomé e Príncipe. É o principal e quase todas as pacientes veem para cá. Dia a dia é muito complicado trabalhar com o ser humano”, disse Cremilde Bragança,

O foco dirigido à Maternidade Central foi justificado pela encarregada do Escritório do UNFPA com o facto de “muitos casos vão parar a esta Maternidade e para responder a uma solicitação do Ministério da Saúde feita no ano passado”.

Porém, “a melhoria da qualidade dos serviços não passa apenas por equipamentos e consumíveis. Nós estamos disponíveis em continuar a investir nestes domínios, mas também nos recursos humanos, bem como na prestação de contas dos mesmos”, ressaltou Victória D’Alva.

Estes materiais visam dar resposta às necessidades das maternidades, para garantir um parto seguro, sobretudo nas emergências obstétricas. A finalidade é acabar com as mortes maternas evitáveis que é um dos resultados transformadores da organização.

Os outros dois são: reduzir as necessidades não satisfeitas em planeamento familiar e reduzir as práticas nefastas contra as mulheres e raparigas, a violência baseada no género.

Por sua vez, o ministro da Saúde desafiou os gestores do setor a “trabalharem no desenvolvimento de um sistema de comunicação em rede, para reduzir o número de casos menos urgentes que são transferidos para a capital, diminuindo assim a superlotação da maternidade do Hospital Ayres de Menezes”.

Celso Junqueira alertou ainda sobre a necessidade de pagamento de serviços mínimos para o acesso aos cuidados primários de saúde em São Tomé e Príncipe. “Não podemos viver eternamente das ajudas externas. É preciso trabalhar na sustentabilidade, para que nós próprios consigamos, pelo menos, a repor os consumíveis. Temos que começar a adquirir capacidade para começar a andar com os nossos próprios meios.”

O governante reconheceu que o UNFPA “é um parceiro imprescindível na questão da obstetrícia e atende sempre aos pedidos do Ministério da Saúde. O apoio dado é significativo, também porque a reposição regular de determinados equipamentos contribui para a melhoria de prestação de serviços que se oferece nas nossas instalações”.

O investimento ronda os 80 mil dólares.

O ministro solicitou igualmente apoio para o reforço das maternidades das Áreas de Saúde para a consolidação da descentralização.

Numa reunião realizada horas depois no Ministério da Saúde, o titular da pasta e a representação do UNFPA aprofundaram ideias sobre aspetos da cooperação futura, tendo como referência a matriz do oitavo quadro de cooperação entre a agência e o país.