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A YouthConneckt São Tomé e Príncipe (YC-STP) é uma plataforma, cujo objetivo é contribuir para o empoderamento dos jovens tanto no plano económico como social. Tem como missão “capacitar os jovens por meio do aprimoramento dos seus conhecimentos, experiências e habilidades que, ao mesmo tempo, investe em suas ideias, inovações e iniciativas.

A YC-STP está integrada na YouthConnekt África (YCA), programa pan-africano, que visa fornecer soluções para apoiar a implementação de iniciativas relevantes Sul-Sul para capacitar e empoderar os jovens.

O país tornou-se membro da plataforma pan-africana, que tem estatuto de uma organização internacional, em 2019, após participação na sua terceira edição realizada no Ruanda.

No ano passado, o arquipélago participou na quarta cimeira no Gana, como membro efetivo. Foi uma oportunidade para “partilhar a experiência organizacional com vários países membros”.

No caso de São Tomé e Príncipe, o Ministério da Juventude, Desporto e Empreendedorismo que lidera o programa procurou envolver vários parceiros. UNFPA está entre as agências das Nações Unidas, além do PNUD, Unicef e OIT; assim como o setor privado, universidades e organizações da sociedade civil.

No último fim de semana, foram validados a visão e o novo programa de empreendedorismo e empoderamento da juventude apresentados aos parceiros para o ano em curso, com abrangência nacional.

Na sessão de abertura, o Assistente da Representante Residente do PNUD alertou: “se, nas próximas décadas, nada for feito para acelerar a criação de empregos de qualidade, simultaneamente com a contenção do crescimento demográfico, a massificação do desemprego dos jovens ou a multiplicação dos empregos precários, poderão constituir um fator de elevadíssima contestação social e de mobilidade forçada”.

“Acreditamos que o futuro de África passa pela capacitação dos jovens e fornecimento de todas as ferramentas, para serem eles os protagonistas do seu destino. Temos visto jovens cada vez mais destemidos a usarem a tecnologia a favor de um desenvolvimento comum para todos. São Tomé e Príncipe não é exceção dentro desta nova dinâmica”, acrescentou Adérito Santana.

Ficou ainda a promessa de “continuar a apoiar os jovens santomenses a serem mais ousados e criativos”, tal como o PNUD faz em relação ao governo, na criação de “estruturas que tornem possível YouthConnekt Africa, como Empreende Jovem e as Incubadoras de Negócios, entre outras iniciativas que têm os jovens no centro da sua intervenção”.

Segundo o Banco Mundial, os jovens representavam, em 2019, 60% dos desempregados em África. No arquipélago, representam a maioria da população santomense. Cerca de 75%.

Entretanto, “a taxa de desemprego é mais elevada entre os jovens, quase o dobro da média nacional. O mercado laboral do país é incapaz de absorver os jovens formados e quando o faz, é incapaz de enquadrá-los nas suas respetivas áreas de formação”, declarou o ministro da Juventude, Desporto e Empreendedorismo.

“O grande desafio passa pela criação de autoemprego e geração de nos empregos, através de incentivo ao Empreendedorismo, associado à criação de redes de contatos entre os jovens nacionais e do continente africano”, indicou Vinício de Pina.

O responsável sublinhou ainda a necessidade de “criação de novas e capacitadas lideranças juvenis, munidas de conhecimento que permitam tomar as próprias decisões e serem atores do próprio futuro. Políticas e ações contra as doenças sexualmente transmissíveis  e estratégia que permita aos jovens definirem os momentos de maternidade e paternidade de forma planeada e segura estão entre as nossas prioridades”.


A Encarregada do Escritório do UNFPA, Victória d'Alva,
(terceira da esquerda para direita) no ateliê de apresentação do
programa YC-STP.

O YC-STP deverá ser lançado oficialmente na última semana de fevereiro, num evento híbrido; ou seja, presencial e virtual.

Várias atividades estão desenhadas para marcar o arranque formal do programa, nomeadamente painéis de reflexão. Um deles, por exemplo, tem como finalidade abordar “sem tabu” o “Dividendo Demográfico e Gravidez precoce” e o seu impacto para o país e as famílias. Outro, é olhar “São Tomé e Príncipe para além das ajudas, como otimizá-las, gerar novas oportunidade e novos parceiros”

O UNFPA vai colaborar no programa, tendo como referência os seus objetivos transformadores e integrando, em forma de sinergia, a Iniciativa “Um Sorriso, Uma Vida”.