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Os parceiros de implementação foram incentivados a contribuir com subsídios para a implementação do oitavo Programa de Cooperação entre São Tomé e Príncipe e o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA), que inicia em janeiro de 2023 e se estende a 2027.

As grandes linhas do próximo ciclo de cooperação foram apresentadas pela responsável do Escritório da agência no país, num ateliê organizado para o efeito. “Não vamos continuar a trabalhar como tem sido até agora. Vai ser necessário fazer-se alguns ajustes na abordagem”, esclareceu Victória D’Alva.

O programa está estruturado em três produtos: Qualidade dos cuidados e serviços, Género e Normas Sociais, assim como Adolescentes e Jovens.

E introduz, pela primeira vez, o conceito inovador de “aceleradores”. São seis, nomeadamente: “a utilização de abordagens baseadas nos direitos humanos e na transformação do género para apoiar a prestação de serviços e saúde sexual e reprodutiva baseados em direitos”; “a ampliação de práticas inovadoras e de alto impacto, incluindo a utilização de soluções digitais comprovadas”; bem como “o apoio a parcerias, incluindo a cooperação Sul-Sul e triangular, para mobilizar a capacidade técnica e a mobilização de recursos para a execução do programa”.

“A geração e utilização de evidências para acelerar o progresso no sentido de resultados transformativos e aproveitar a oportunidade do próximo recenseamento da População de 2023 para privilegiar ações de pesquisas destinadas a conceber intervenções para grupos marginalizados e aumentar a melhoria dos dados administrativos, enfatizando a utilização do registo civil e estatísticas vitais; “manter-se ancorado no princípio de ‘não deixar ninguém para trás’, alcançando os mais distantes, incluindo os das zonas rurais”; e “utilizar a resiliência e adaptação para assegurar a implementação do programa, na sequência da pandemia da Covid-19, das alterações climáticas e de qualquer situação humanitária inesperada”, completam o bloco.

Estes elementos serviram de base para os grupos de diversas áreas proporem ações e identificarem possíveis parceiros de implementação. As sugestões vão ser aprimoradas numa próxima sessão, destinada igualmente a preparar os futuros planos de trabalho.

No ateliê foi, por outro lado, feita a restituição dos resultados da avaliação do sétimo programa que encerra a 31 de dezembro de 2022, com a apresentação pelo Oficial de Programa, Eugério Moniz, das conclusões e recomendações recolhidas pela equipa de consultores independentes.

Um dos aspetos a destacar é a necessidade de se implantar a cultura de utilização de dados - uma questão transversal - para facilitar a planificação e a tomada de decisões.

Note-se que o ciclo quinquenal iniciado em 2017 estendeu-se a dezembro de 2022, por causa da Covid-19.