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Célia tem 20 anos. Começou a vida sexual ativa com 16 anos. É estudante do 12.º ano, no Liceu do distrito de Lobata. Porém, já tem um filho de 20 meses. Quer continuar a estudar para dar uma vida melhor aos filhos. Sonha em ser engenheira de petróleo.

Foi ao Centro de Saúde do referido distrito para pôr um implante, depois de se ter informado sobre os diferentes contracetivos disponíveis. Optou pelo implante, devido à possibilidade de 5 anos de espaçamento, tempo para terminar os estudos, incluindo uma formação superior.

«Eu soube da existência deste método de longa duração, através de uma colega que tinha uma situação idêntica. E também vou aconselhar as minhas companheiras a fazê-lo, para poderem garantir melhor o seu futuro», afirmou.

A estudante garante que a decisão foi tomada em conjunto com o seu companheiro.

Segundo a enfermeira Sortiana Lima, “o método mais procurado é o implante, sobretudo por adolescentes e jovens raparigas, porque as ajuda a estudar e a concretizar os seus sonhos”. Entre novembro e princípios de dezembro foram feitos cerca de 10 implantes.

«Os métodos de longa duração têm estado no centro das campanhas de sensibilização que temos feito também nas comunidades. É nosso trabalho de dia a dia», garantiu a técnica de Saúde Reprodutiva.

Entretanto, tem havido algumas desistências. “Muitas inserem, ma depois vêm retirar, devido a algumas desvantagens do próprio método, como o “spotting”, ou seja, perdas irregulares de sangue, que são normais, durante as primeiras semanas, mas que causam algum desconforto”, explicou.


As técnicas de Saúde Reprodutiva do distrito de Lobata no processo do implante

«Mas vamos insistir na sensibilização, para tentar conquistar mais utentes com vista à utilização dos métodos de longa duração», sublinhou Sortiana Lima. Essas opções contam com o financiamento do Fundo da Índia.

As estatísticas apontam para uma adesão cada vez maior a métodos de longa duração, particularmente nos distritos da periferia.