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A adesão aos métodos contraceptivos de longa duração é crescente, independentemente da idade e do número de filhos. O projeto de “Apoio à aceleração do planeamento familiar em São Tomé e Príncipe”, financiado pelo Fundo da Índia, contribuiu para a sua expansão.

Wilza Monteiro, de 41 anos, residente em Neves, capital do distrito de Lembá, norte da ilha de São Tomé, é um dos vários exemplos.


“Eu e o meu marido decidimos. Já temos um número elevado de filhos: duas meninas e quatro rapazes de 24, 21, 19, 16, 10 anos e o último de 5 meses. Por isso, eu e o meu marido decidimos parar. Ele acompanhou-me  ao hospital para pôr o implante”.

Para ela, é uma vantagem. “Dentro de cinco anos voltarei, provavelmente para renovar”.

Wilza disponibilizou-se para ajudar na sensibilização. «Pretendo conversar com essas pessoas que já têm muitos filhos para irem ao hospital para pôr o método de longa duração, para evitar e dar mais espaço entre os filhos”.

Por sua vez, Jakiela Gué com apenas 20 anos, também optou pelo implante.

«Eu tenho uma menina de um aninho. Optei por este método, para ter mais espaçamento entre as crianças”. Entretanto, garantiu que a sua “gravidez foi desejada”.

De momento, a jovem interrompeu os seus estudos. Estava no penúltimo ano do ensino secundário. Vende roupa importada que vem em balões de fardo.

“Eu penso continuar os meus estudos. O meu sonho é ser médica”, manifestou.

“Eu aconselho aquelas que não têm filhos ou não pensam ter filhos agora para usarem os métodos de longa duração ou preservativo para evitar a gravidez”, acrescentou.

Jakiela faz parte da faixa etária que mais solicita os serviços de planeamento familiar. Varia entre 20 e 24 anos. Segundo o último estudo de Indicadores Múltiplos (MICS6), 60% de mulheres entre os 15 e 49 anos consideram ter as suas necessidades de planeamento familiar atendidas com meios modernos.

Conforme os/as enfermeiros/as de Saúde Reprodutiva, as mulheres das zonas piscatórias consideram que o DIU é um método muito invasivo.


O “Apoio à aceleração do planeamento familiar em São Tomé e Príncipe” financiado pelo Fundo da Índia, posto à disposição das Nações Unidas, no quadro da cooperação Sul – Sul termina no final de junho.

O projeto foi implementado pelos Serviços de Saúde Reprodutiva com o envolvimento do UNFPA, que desempenhou um papel ativo na mobilização do financiamento, com base na solicitação do governo.

Devido aos resultados obtidos, o Ministro da Saúde, Edgar Neves, agradeceu “profundamente” as entidades envolvidas.