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Quinze enfermeiros de Postos de Saúde foram capacitados nas últimas semanas na colocação de métodos de longa duração, nomeadamente DIU e implante. Por causa das medidas de segurança impostas pela Covid-19, as sessões de formação foram divididas em três grupos, com cinco integrantes em cada um deles.

Para o enfermeiro do Posto Sanitário de Caixão Grande “esta formação vem melhorar a nossa performance como enfermeiro na colocação e inserção desses métodos de longa duração. É uma mais-valia. Sendo assim, é de felicitar o Programa de Saúde Reprodutiva por organizar esta formação para os técnicos de Saúde, de forma a dar resposta às necessidades dos utentes em cada posto”.

Segundo Isaac Costa, onde presta serviço “ maior parte das utentes, de diferentes idades e com vida sexual ativa, solicita o implante”.

«Há que ter em conta que uso de métodos contracetivos é opcional. Nós, os técnicos da Saúde apresentamos as opções existentes e cabe a utente fazer a escolha. E explicamos as vantagens e desvantagens de cada método», explicou.

«Se nós não soubermos ministrar esses métodos contracetivos, os pacientes é que ficam prejudicados. Se no nosso posto não houver ninguém capacitado para prestar este serviço, vamos colocar em causa a vida da paciente, na vertente do planeamento familiar. Uma questão que joga com a economia familiar e a economia do país. Tudo isso é um circuito. Se nós falhamos, há consequências na economia familiar e do Estado», sublinhou.

A enfermeira do Posto de Água Arroz faz esta formação pela primeira vez. “Lá no posto não colocávamos o DIU e as encaminhávamos para o PMI, na cidade capital. Existem condições técnicas, mas não tínhamos pessoas formadas”.

«Com esta formação, já temos forma de atender as utentes no nosso Posto de Saúde. Veio alargar mais o meu conhecimento sobre o que aprendi na escola, que foi mais teoria. Aqui é teoria e muita prática. A iniciativa é muito boa. Espero que todos os enfermeiros que trabalham na Saúde Reprodutiva e mesmo noutras áreas possam fazer esta formação, porque devem ter conhecimento sobre estes métodos», sugeriu Isaura Neto.


A formação teve uma forte componente prática.

A facilitadora da formação destacou que a resposta dos formandos foi “positiva”.

«Eles estiveram empenhados em aprender. Para ser sincera, se este entusiasmo for aplicado nos respetivos Postos de Saúde, estou convencida que a taxa de inserção do DIU e implante vai aumentar consideravelmente», considerou Belcínia Monte Verde,

O grupo veio dos Postos de Saúde de todos os distritos de São Tomé. A capacitação profissional integra o programa que visa melhorar o sistema de saúde, em geral, e estender os serviços de Saúde Reprodutiva e, em especial de Planeamento Familiar de qualidade a todo o país. Outra vertente é dar melhores condições de trabalho para a inserção dos métodos de longa duração, designadamente equipamentos e kits recebidos.

Neste caso, conta com o financiamento do Fundo da Índia e o envolvimento do UNFPA, que fez a mobilização a pedido do Governo.

Na perspetiva de garantir a descentralização e dar melhor assistência às utentes já tinham sido formados trinta prestadores de serviço. Com os últimos quinze profissionais, o sistema de saúde de São Tomé e Príncipe tem quarenta e cinco quadros qualificados em métodos contracetivos de longa duração.