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UNFPA distinguida pela contribuição na redução da mortalidade materna e neonatal em STP

UNFPA distinguida pela contribuição na redução da mortalidade materna e neonatal em STP

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UNFPA distinguida pela contribuição na redução da mortalidade materna e neonatal em STP

calendar_today 16 Maio 2019

O chefe de Estado ao usar da palavra no lançamento da SAV / CARMMA

UNFPA/STP - A agência das Nações Unidas para a População e Desenvolvimento, UNFPA (sigla em inglês), foi distinguida no ato central que marcou o lançamento da Semana Africana de Vacinação (SAV)­­­­­­ e da Iniciativa para a Redução Acelerada da Mortalidade Materna e Neonatal (CARMMA).

 

O troféu foi entregue à Representante Assistente, Dr.ª Victória d’Alva, pelo ministro da Saúde, Dr. Edgar Neves.

 

«É uma mais-valia e uma oportunidade no sentido de acelerar aquilo que o país tem vindo a fazer e uma maior apropriação dos contributos que a nossa organização tem vindo a dar», disse a responsável do Escritório local, em depoimento relacionado com o evento.

 

UNFPA, que celebra este ano o seu 50.º aniversário, começou a cooperar com São Tomé e Príncipe em 1977.

 

Nestas décadas, a agência tem dado vários contributos no sentido de um “maior acesso aos serviços de saúde reprodutiva e direitos reprodutivos”, recordou Victória d’Alva.

 

«No que respeita à redução da mortalidade materna, muitos ganhos foram obtidos com a contribuição da organização, nomeadamente na melhoria da prestação dos serviços, na formação do pessoal qualificado, inclusive na melhoria das infraestruturas em colaboração com outros parceiros, como a União Europeia», acrescentou.  

 

Outras duas agências do Sistema das Nações Unidas no país foram igualmente agraciadas: a OMS e a UNICEF.

 

O prémio “Heróis da Vacinação e da Redução da Mortalidade Materna Neonatal” foi para homenagear pessoas e instituições que têm contribuído para os bons indicadores que São Tomé e Príncipe tem nos referidos domínios. A cobertura vacinal em crianças menores de 5 anos ronda os 95% e a mortalidade materna situa-se em 2 por ano, desde 2017.

 

Este ano, São Tomé e Príncipe foi a capital africana da SAV / CARMMA. As autoridades nacionais aceitaram o desafio lançado pela Comissão da União Africana para acolher o lançamento da nona edição da campanha que decorreu de 22 a 28 de abril.

 

Por outro lado, o arquipélago foi o 51.º país do continente africano a lançar formalmente a Iniciativa sobre a Redução Acelerada da Mortalidade Materna e Neonatal.

 

Para o presidente da República, acolher a nona edição da SAV / CARMMA, de dimensão regional e continental é “motivo de orgulho para os santomenses”, porque “faz deste arquipélago uma referência na nossa sub-região” no âmbito da “melhoria do estado da saúde da população” africana.

 

Foi também um “dia marcante para as autoridades nacionais, em particular para os agentes sanitários. É lançada a iniciativa sobre a redução acelerada da mortalidade materna e neonatal, permitindo assim a São Tomé e Príncipe associar-se a mais uma campanha da União Africana em prol da promoção da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos”

 

«Estamos porém conscientes de que ainda existem desafios a enfrentar, pelo que devemos todos continuar a trabalhar para a consolidação dos resultados já alcançados e para a eliminação das zonas de sombra que ainda persistem», acrescentou Evaristo Carvalho que presidiu a cerimónia de lançamento regional.

 

O chefe de Estado, Evaristo Carvalho, ao usar da palavra no lançamento da Semana Africana de Vacinação e da Iniciativa para a Redução Acelerada da Mortalidade Materna e Neonatal
O chefe de Estado ao usar da palavra no lançamento da SAV / CARMMA

O chefe de Estado manifestou-se confiante no esforço das autoridades nacionais “para que os compromissos assumidos, quer no âmbito interno, quer no plano externo, sejam cumpridos”.

 

Ao dar as boas-vindas aos presentes, o ministro da Saúde destacou que o objetivo da iniciativa sub-regional é “assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades, até 2030; acabar com mortes evitáveis de recém-nascidos e crianças menores de cinco anos, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 1.000 nascidos vivos”.

 

«Assegurar que 100% das nossas crianças sejam totalmente vacinadas e que nenhuma mãe perca a vida por dar vida», sublinhou Egdar Neves, porque o “investimento na saúde das mulheres é um investimento no desenvolvimento global de toda a sociedade”.

 

Tanto o chefe de Estado como o ministro da Saúde agradeceram a contribuição de parceiros internacionais, sobretudo UNICEF, OMS, União Africana, Aliança de Vacinação, GAVI, e UNFPA, nos resultados alcançados.

 

Desafios

 

O país enfrenta desafios para o futuro, para que a já anunciada redução paulatina da ajuda internacional não ponha em causa os níveis já alcançados. Os representantes daquelas instituições prometeram, contudo, continuar a apoiar o país nos desafios futuros.

 

São Tomé e Príncipe foi um dos subscritores da Declaração de Addis-Abeba 2016. O país comprometeu-se em garantir o acesso universal à vacinação como “pedra basilar da saúde e do desenvolvimento em África”.

 

Quanto à CARMMA, o principal objetivo é “ampliar a disponibilidade e o uso de serviços de saúde de qualidade universalmente acessíveis, incluindo aqueles relacionados com a saúde sexual e reprodutiva, que são críticos para a redução da mortalidade materna”.

 

«A CARMMA pretende renovar e fortalecer os esforços para salvar as vidas de mulheres que não deveriam morrer, enquanto dão vida».

 

Na Feira de Saúde realizada no distrito de Cantagalo e inaugurada também pelo chefe de Estado, Evaristo Carvalho, as delegações da União Africana, dos Estados membros e comunidades económicas regionais, do escritório regional da OMS e da GAVI tomaram contacto com algumas boas práticas levadas a cabo no país, tanto no domínio da vacinação, como de serviços relacionados com a Saúde Sexual e Reprodutiva.

 

Prometeram disseminá-las pelos países do continente, de modo a melhorar os índices registados até agora.